Passado

A Ordem Branca da Estrela do Cristal é oriunda de um passado de milênios antes de Cristo, quando no antigo Egito as práticas religiosas eram voltadas para as Divindades que representavam as necessidades e realidades da época.

Segundo nossos mentores espirituais, existia em Dêndera um templo às margens do Rio Nilo, onde um grupo de religiosos se reunia para práticas curativas e assistenciais, utilizando, já na época, conhecimentos sobre cristalterapia e cromoterapia.

Tratava-se de uma Ordem branca onde, após aprendizado de alguns conceitos teológicos, humanísticos e fraternais, o indivíduo era iniciado recebendo uma função específica nos trabalhos da entidade.

Adoravam a deusa HATOR – energia da fecundidade, fartura, festas, alegria – representada por uma mulher com cabeça de vaca. Reverenciavam ATON, o deus Sol.

Eram dois os sacerdotes responsáveis pela harmonia e trabalhos da ordem: um homem mais velho, que retinha os conhecimentos das propriedades das cores e dos cristais, sendo também grande conhecedor das fontes de energia cósmica na terra, e uma jovem sacerdotisa, a qual o sumo sacerdote instruiu para substituí-lo ao desencarnar, passando-lhe todo o seu conhecimento.

Aos sacerdotes era vedado o direito de se casar ou manter qualquer espécie de relacionamento sexual, uma vez que deveriam ser virgens para maior efeito de seus cultos fortalecendo as preces com a abstenção.

Entretanto, a sacerdotisa jovem, apaixonada pelo mestre, num determinado momento da história, seduz o sumo sacerdote e engravida. Totalmente surpreendido por ter sido humano, o sacerdote descobre que em algumas horas de entrega à carne destruiu toda uma vida de entrega ao espírito e, ainda atônito com as conseqüências, renega o filho e despreza a sacerdotisa.

Sem opção, a sacerdotisa aceita amparo de um engenheiro de templos e pirâmides que se mostrara afetuoso e disposto a ficar ao seu lado. Abandona a Ordem para viver uma vida normal com o seu filho e o novo pai que despontara para ele.

Ao perder a sacerdotisa, o velho sacerdote já não teria tempo de preparar outro (a), já que havia investido 15 anos de ensinamentos na sua sucessora. Não se sentia bem em função da idade avançada e pelo sentimento de culpa que o atormentava.

Esses acontecimentos provocaram uma fragilidade na Ordem, que ficou vulnerável ao ataque dos FILHOS DE SETH, ordem negra, constituída por inimigos espirituais de todos os grupos que trabalhavam para o bem do próximo e que buscavam a luz divina. No ataque, realizado poucos anos depois, toda a ordem branca foi dizimada de forma bárbara.

A ex-sacerdotisa, única sobrevivente desta Ordem, ao tomar conhecimento da chacina, em doloroso pranto, jurou diante dos corpos de seus irmãos, que o conhecimento que lhe fora transmitido não ficaria retido. Transmitiria para seus filhos e, se houvesse uma outra oportunidade, a Ordem seria recomposta, mesmo que em outras vidas.

Neste momento, o corpo destroçado do sumo sacerdote rolou do degrau da escada onde se encontrava, vindo parar próximo aos pés do filho, ainda criança, como se pedisse para perdoá-lo... como se afirmasse que na próxima oportunidade estariam juntos.

 

Presente

A única informação que podemos divulgar sobre os personagens do passado em nossos tempos, ou seja, o único que podemos identificar, é o menino, filho dos sacerdotes, que em vidas posteriores, agregou-se a ordem e muito auxiliou aos seus pais – daquela vida – no cumprimento de suas missões e conseqüente crescimento de seus espíritos. Hoje, manifesta-se como nosso mentor, Dr. André (Tibiriçá), que por meio de vidas consecutivas, onde vivenciou os sofrimentos terrenos, adquiriu muita luz e continua prestando seu auxílio à Ordem.

Espírita Cristã e Universalista, hoje, a OBEC se dispõe aos estudos e cruzamentos entre filosofia Oriental, os métodos Kardecistas e os princípios Umbandistas, praticando seus cultos na busca da similitude, comprovando aos seus filiados a existência de uma única corrente de força ativa divina, difundida com linguagens e ritos diferenciados.

Disseminada em todo o mundo, a antiga ordem apresenta-se, nos tempos atuais, com denominações parecidas e práticas idênticas. No Brasil, existem inúmeras ordens que adotam nomes como: Ordem da Estrela ou do Cristal ou ainda Ordem Branca "de alguma coisa" que pertencem ao mesmo grupo do passado, sendo que cada qual encontra-se em diferentes estágios de trabalho, apresentando algumas características peculiares de seus fundadores. Seus tamanhos ou suas organizações variam de acordo com o tempo de existência e ou do quanto cada um de seus associados encarnados contribuem para seu crescimento.

As atividades da OBEC, especificamente, repetem, em parte, as de outrora. Todavia, modernizada, aceita Jesus Cristo como O Grande Mestre. As demais Divindades, muitas delas ainda cultuadas, são vistas como personificações das forças da Natureza, sendo dignas de rituais para maior integração do homem com a criação e, conseqüentemente, com o Criador.

Alguns elementos, iniciados na OBEC se reúnem para cultos à Natureza e doação de energia aos irmãos desencarnados, que estejam necessitando, ainda, de força para compreenderem seu "novo estágio".

As doações são efetuadas pelos próprios iniciados que, por meio de mentalizações, emitem ondas energéticas formando esferas coloridas no prana, colhidas pelos socorristas espirituais para levá-las aos irmãos necessitados.

Nestes cultos, eventualmente, recebem comunicações de Dr. André, que orienta os iniciados objetivando, em geral, reflexões sobre as dificuldades e ensinamentos da vida.

Todas as atividades como: estudos esotéricos, assistência às famílias carentes, cultos da Umbanda, do Oriente, Mesa Mediúnica e quaisquer outras realizadas na OBEC, funcionam sob orientação dos iniciados que administram, democraticamente, os trabalhos da casa.

 

Futuro

O planeta Terra, ao galgar mais um degrau na escala evolutiva - no início do terceiro milênio -, deixará de ser o planeta de expiação dos espíritos para ser de regeneração. Os espíritos que encarnarem na Terra serão mais evoluídos e terão maior entendimento sobre espiritualidade. Aqueles que não evoluírem juntamente com o planeta, serão transferidos para um mundo mais atrasado, onde a dor física e moral será constante. Todavia, estarão indo em missão de resgate e trabalhando para o seu desenvolvimento, levando para esse planeta alguma evolução. Contudo, não estarão livres dos sofrimentos a que o planeta será submetido.

Pelo que nos foi transmitido, a OBEC crescerá consideravelmente e funcionará com mais intensidade no futuro, onde, dentre suas obras, a construção de um asilo para pessoa de idade avançada faz parte de seus compromissos assistenciais.

No que diz respeito aos trabalhos espirituais da casa, fomos informados que a OBEC está sendo construída para os filhos dos filhos dos nossos filhos que, por sua vez, trabalharão de forma tão avançada que não haverá mais necessidade de "incorporação" mediúnica. Serão, eles, espíritos adiantados, dotados de capacidade auditiva para o plano espiritual e farão contato diretamente com os mentores em conversas mentais, dispensando os métodos convencionais de comunicação com os espíritos.

Podemos observar que nossa responsabilidade é grande. Na verdade, somos os precursores de mais um Lar de Deus na terra e para que os futuros missionários possam desenvolver bem as suas obras, devemos preparar alicerce firme, materializando as orientações de nosso mentor.

"Não podemos permitir que a vaidade e ou a falta de companheirismo, grandes inimigas dos homens, impeçam-nos de trabalhar. Cada elemento de um grupo tem sua capacidade, importância e missão. Sejamos compreensivos uns com os outros e façamos a nossa parte. O futuro da OBEC é muito mais importante que os "melindres" resultantes do nosso ego. Não julguemos o próximo porque, ao julgá-lo, podemos perder o estímulo e deixar de cumprir o nosso papel. Aí estaremos enganados, realmente, pois que nossas atitudes devem ser impulsionadas por nossas convicções e firmeza de propósitos; jamais deverão ser respostas às atitudes dos outros."